quarta-feira, 23 de julho de 2008

Folha de S. Paulo: Caveira motivacional

http://www.nevusp.org/portugues/index.php?option=com_content&task=view&id=1562&Itemid=29PDF Imprimir E-mail

folhaspaulo.jpg Folha de S. Paulo - Revista da Folha
23/03/2008
Maeli Prado
Como as regras do Batalhão de Operações Especiais, da pm do rio, que inspirou o premiado e polêmico "Tropa de Elite", viraram bíblia de palestras e são aplicadas no dia-a-dia de grandes empresas

Reinaldo Óscar/Divulgação
Funcionários cumprem "missão" dentro d'água

"Tropa de elite, osso duro de roer, pega um, pega geral, também vai pegar você." Os versos da trilha sonora do filme brasileiro mais visto e comentado dos últimos tempos ecoam no pequeno auditório em uma das ?liais da seguradora Unibanco AIG, em um casarão da avenida Brasil, em São Paulo. São 20h de uma quinta-feira, 28 de fevereiro, quando o "caveira 69", Paulo Storani, 45, ex-capitão do Bope (Batalhão de Operações Especiais), é anunciado à platéia. Na tela de projeção, um slide com a frase "Construindo uma Tropa de Elite" esclarece o motivo do improvável encontro de mundos: um ex-policial do grupo de operações especiais da Polícia Militar do Rio e vendedores de seguro paulistanos.

Sob aplausos, o palestrante entra na sala repleta e grita: "Caveira!" Storani, que está se convertendo em estrela do segmento motivacional, recebe de volta, em uníssono, a saudação, típica dos oficiais do batalhão. Entre os 60 ouvintes, estão clientes e funcionários da quarta maior seguradora do país. A maioria é de homens engravatados ou de camisa social. Poucas mulheres, de tailleur e salto alto, arriscam-se no ambiente nitidamente masculino.

Storani veste terno e gravata como os integrantes de sua platéia, mas fala e age como um líder do Bope, corporação onde trabalhou por três anos e que abandonou há dez. "Volta aí, o senhor está muito rápido", ordena, em tom de brincadeira. É prontamente atendido pelo funcionário que troca os slides. Em seguida, exibe fotos do treinamento que deu aos atores de "Tropa de Elite", ainda na fase de pré-produção do longa. Faz piadas com o fato de ter levado um soco na cara do protagonista Wagner Moura, que personificou o Capitão Nascimento.

Depois do rápido preâmbulo, o palestrante chega ao ponto: "Você é um operação especial ou é um convencional na sua atividade? O convencional é o invertebrado, é quem desmonta no primeiro tiro ou na primeira meta [de vendas]".

Storani inflama a platéia com a terminologia usada pelos policiais no filme. "E quem não está satisfeito...", provoca ele. O público reage, de pronto. "Pede pra sair!", respondem os engravatados, usando o bordão que tomou conta do país logo após o lançamento do filme em outubro do ano passado.

Àquela altura, uma hora depois do início da preleção, a audiência está bem familiarizada com as lições de Storani. Seu manual evoca paralelos entre as regras do batalhão e as do mundo corporativo: naquele contexto, o jargão do Bope "missão dada é missão cumprida" ganha a conotação de "meta dada é meta cumprida". "Vá e vença" vira "vá e venda". Alguns riem, um pouco constrangidos. Muitos balançam a cabeça em sinal de concordância. Por volta das 21h30, o "grand finale". Liderados pelo palestrante, todos gritam: "Eu sou caveira!"

As cenas presenciadas pela Revista viraram rotina na vida de Storani. Ele começou a dar palestras motivacionais em outubro e está com agenda lotada até maio. Nesse ramo, os cachês costumam variar entre R$ 5.000 e R$ 10 mil.

O ex-capitão do Bope já falou para funcionários de bancos, de montadoras, de indústrias das áreas têxtil e de tecnologia. Virou guru de executivos. "O conceito de superação de limites e de encarar as adversidades com naturalidade pode ser aplicado à iniciativa privada. Montei a palestra e me surpreendi com os resultados", afirma Storani, mestrando em antropologia, com dissertação sobre o Bope. Ele ainda concilia a agenda de palestrante com o cargo de secretário de Segurança Pública de São Gonçalo, município do Rio.

Pedindo para sair
Os mais empolgados levam os conceitos para dentro das empresas. Não falta nem a caveira, símbolo máximo dos policiais durões do batalhão. "Quando alguém consegue bater a meta, faz no computador um bonequinho com a caveira do Bope e manda por e-mail", conta Patrícia Olivani, 36, coordenadora de vendas do Unibanco AIG. "Nas palestras, fazemos uma auto-reflexão, buscando as características do 'caveira' dentro da gente."

Gustavo Rosset, 33, diretor comercial da Rosset Têxtil, proprietária de marcas como a Valisère e Cia. Marítima, foi além, depois de contratar a palestra do ex-capitão no início de fevereiro. "Na empresa, a gente agora só se chama por número", afirma. No filme, Capitão Nascimento trata os subordinados de aspira 01, 02 e assim sucessivamente, durante o duro treinamento para ser aceito no batalhão de elite.

Rosset conta que, depois da palestra de Storani, dois funcionários "pediram pra sair". Na telona, a expressão sintetiza o momento da desistência daqueles que, por exaustão ou fraqueza, não vão se tornar "caveira". "Um [pediu pra sair], três dias depois da palestra, e outro, 15 dias depois, porque viram que o bicho ia pegar", diz o diretor e herdeiro da Rosset Têxtil, maior grupo brasileiro no segmento de tecido de lycra, com 3.000 funcionários.

O empresário mandou colocar, na sede da empresa, em São Paulo, banners pretos com a caveira e dizeres do Bope. "Temos que tirar as pessoas da zona de conforto", afirma Rosset. "Elas começam a fazer um paralelo entre suas vidas pessoais e profissionais com a vida dele [Storani], que era subir morro e lidar com o tráfico."

O discurso de André Rutowitsch, 36, diretor-executivo da Unibanco AIG, vai em outra direção. "Todos os anos contratamos vários palestrantes para falar com os nossos clientes, sempre voltados para esse lado motivacional. Nos últimos anos, tivemos o Bernardinho [técnico da seleção brasileira de vôlei] e agora trouxemos o Storani", afirma. "Ele é alguém que fala de liderança, de trabalho em equipe, e fala do batalhão de uma forma alegórica. Buscamos, o tempo todo, que não haja uma associação muito direta com o filme."

O executivo diz que a pressão sobre os profissionais está presente em toda empresa. "Quando existem metas a serem cumpridas há uma pressão inerente ao negócio em qualquer ramo de atividade."

Caveiras e invertebrados
A filosofia para se tornar oficial do batalhão é muito clara: o mundo se divide entre caveiras (como são chamados os policiais do grupo especial) e invertebrados (os fracos, que não agüentam a pressão). Os primeiros fazem o impossível, mesmo em condições extremamente adversas. "A dona-de-casa que sustenta todos os filhos sozinha e não desiste é caveira. O vendedor que bate suas metas é caveira", compara Storani.

Misturar os dois universos desperta críticas. "Se é capitalismo selvagem, talvez uma abordagem de guerra seja uma boa idéia", ironiza Marcelo Neri, economista-chefe do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas, ao comentar as palestras.

"Ninguém abre empresa para fazer caridade, vivemos em um mundo capitalista", diz Storani. "O invertebrado é a pessoa que não está habituada a lidar com pressão, e isso não é demérito nenhum." Continuando com a analogia, ele ressalta que no Bope tem gente que não consegue se adaptar às exigências do batalhão e vai fazer policiamento comunitário. "É a mesma coisa com vendedores: é uma profissão que exige saber lidar com a pressão de ouvir um não e mesmo assim continuar tentando convencer alguém a comprar."

É legítimo transpor os métodos do Bope, que muitos consideram questionáveis até mesmo na guerra urbana, para o universo das empresas? Para Viviane de Oliveira Cubas, pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência da USP, usar tática de guerra em outro ambiente é desumanizador. "É característica do mundo empresarial exigir uma eficiência cada vez maior dos seus funcionários, dar responsabilidades cada vez maiores", afirma. "Você estabelece metas que às vezes não são reais. O que essa pressão e essa cobrança constantes podem causar à saúde desses funcionários?"

Um dos autores de "Elite da Tropa" (livro que originou o filme) e um dos roteiristas de "Tropa de Elite", o ex-capitão do Bope e sociólogo Rodrigo Pimentel, 37, também se converteu em palestrante. Faz entre quatro e cinco preleções por mês em empresas.

"A primeira coisa que eu falo é: 'Não vão bater nos seus vendedores'", diz ele, que foi contratado para falar a funcionários de empresas, como Perdigão, gigante do ramo alimentício, e até multinacionais farmacêuticas.

Um dos temas de seus discursos é "a força de um símbolo". "Toda empresa tem símbolos e lemas", compara. "Também existe sempre um ritual de passagem, estabelecido quase sempre em função das dificuldades de pertencer a um grupo."

Ao analisar esse tipo de palestra, o psicanalista Jorge Forbes aponta fragilidades. "Todos os discursos motivacionais são reducionistas da experiência humana. São uma tentativa de estimular a adesão a uma corporação apelando para o narcisismo. Quem não adere deve se envergonhar", diz o psicanalista, ao analisar o estímulo exagerado à competição e à superação de limites tão em voga no dicionário corporativo e reforçado nessas palestras. "De qualquer forma, é um discurso velho que vem com uma nova roupagem."

Capitão galã
O diretor José Padilha, assim como o comando do Bope, não quis se manifestar sobre o novo fenômeno das palestras motivacionais, mais um subproduto do sucesso do filme. Muito se falou sobre o impacto de "Tropa de Elite" sobre a sociedade brasileira: das discussões sobre tortura policial e do papel da classe média no tráfico de drogas a programas de TV como o "Bofe de Elite", na Rede Record, com o qual Tom Cavalcante bateu a Globo em audiência.

De polêmica em polêmica, o mercado continua surfando na onda de sucesso do longa. Em pesquisa encomendada pela rede varejista Marisa para descobrir qual seria o "homem ideal" na opinião das brasileiras, Wagner Moura recebeu 90% dos votos. O Capitão Nascimento da ficção ficou à frente de galãs "clássicos" como Reynaldo Gianecchini e Fábio Assunção. Foi contratado como novo garoto-propaganda da marca.

Em resposta à jogada de marketing da concorrente, as lojas Renner contra-atacaram com o lançamento há dois meses de uma coleção de camisetas com expressões do filme, como "fanfarrão" e "aspira", gravadas no peito. A linha já esgotou. Outra marca, a goiana Eckzem, também criou uma camiseta com uma estampa que mostra um desenho do Capitão América, herói de quadrinhos americano, com o nome "Captain Nascimento". Ao lado, o jargão mais famoso do filme: "Pede pra sair!".

Transformar um policial truculento e angustiado como Capitão Nascimento em herói, seja em camisetas ou diante de uma platéia de vendedores, deixa surpreso o ex-governador de São Paulo, Cláudio Lembo, que enfrentou uma gravíssima crise de segurança pública com os ataques do PCC em 2006. "Uma coisa é respeitar a polícia, outra é transformar os policiais em heróis", afirma.

Para Lembo, o sucesso do filme reflete a insegurança da sociedade. "Principalmente de uma classe média desesperada por segurança, que adora o herói que vai protegê-la de todos os perigos." Quanto aos treinamentos motivacionais em empresas, o ex-governador também faz ressalvas. "Todos nós, sejamos do Bope ou não, somos humanos e não podemos ir além dos nossos limites."

Quem ultrapassou fronteiras foram os integrantes de um grupo de strippers, "Os Sedutores". Eles começaram a se apresentar vestidos de oficiais do Bope e com metralhadoras em uma casa de suingue em São Paulo. O cachê de cada um dos sete componentes é de R$ 150 por apresentação de 45 minutos. "Essa coisa de Bope mexe com a fantasias das mulheres", constata Alexandra Valença, 26, coreógrafa do grupo. Uma prova de que nem a libido dos brasileiros ficou imune ao fenômeno cinematogrático.

A influência do longa em terrenos tão distintos pode ser explicada na diversidade de interpretações que a produção oferece. "Quem tem algum tipo de orgulho militar se vê ali, quem tem críticas sociais à elite brasileira se vê ali, quem critica o bom mocismo exagerado das ONGs se vê ali", afirma Forbes. Uma identificação que lotou as salas de cinema e agora enche auditórios. Neste caso, com uma platéia dividida entre aqueles que aplaudem e aqueles que se arrepiam diante dos jargões usados pelo Capitão Nascimento. Em cartaz, mais uma polêmica de "Tropa de Elite".

segunda-feira, 14 de julho de 2008

estudar temas (en español)

MENTORING, COACHING E COUNSELLING

Política de Rh sob medida para profissionais do ramo de hotéis - #380

Se você não conseguir visualizar esta mensagem, acesse este link
Canal Rh
Gestão
Consumo
Carreira
Empreendedorismo
Grupos Informais
Política de Rh sob medida para profissionais do ramo de hotéis
O dinamismo das redes hoteleiras tem garantido políticas agressivas de Rh. Na rede Grand Hyatt, intercâmbios internacionais, cursos de línguas e prêmios em viagens para destinos variados fazem parte do pacote motivacionais. Miguel Angel Bermejo, diretor de RH do Hyatt SP desde a sua fundação, em 2002, conta que 2% da receita da rede é voltada para promoção e treinamento de funcionários.

Marisa Torres
editora de Conteúdo
Leia reportagem completa
Time
Estrela e equipe nem sempre caminham na mesma direção. A Seleção Brasileira de Vôlei feminino deu um exemplo disso recentemente. José Roberto Guimarães, técnico da seleção, resolveu deixar de fora das Olimpíadas 2008 a levantadora Fernanda Venturini, que estava parada há um ano. Ele alegou que a convocação da jogadora traria problemas para o time, uma vez que todas as outras passaram os últimos quatro anos se dedicando para participar dos jogos de Pequim.
Leia outras Leia esta
Ambição
Ambição por algo pode ter uma conotação negativa. Porém, querer mais é inerente ao ser humano. O problema é quando se fecha a questão apenas nos recursos financeiros. Em seu livro Rico de Verdade, o consultor Roberto Tranjan questiona o estado de “piloto automático” que muitos profissionais assumem sem refletir sobre estímulos internos para se auto-motivar. Para ele, é preciso enriquecer com valores.
Leia outras Leia esta
Longe dos espirros
As doenças respiratórias, como rinite, asma ou sinusite, duplicam nos meses frios do ano. São responsáveis ainda por um alto nível de presenteísmo - o funcionário vai ao trabalho, mas seu estado debilitado não lhe permite exercer suas funções a contento. Empresas como Klablin e Light investem em programas de prevenção.
Leia outras Leia esta
Idealismo no mundo corporativoEntrevistas em vídeo


Boucinhas e Campos abre programa de trainee
NET contratará 100 profissionais para a área de vendas
Luiz Claudio Carneiro é o novo diretor de Relações Governamentais da Nokia do Brasil
Marcelo Faria Pereira e José Luiz Sanches são os novos sócios da auditoria BDO Trevisan
Você optou por receber nossos informativos ao cadastrar-se no Canal Rh.
Para alterar o formato ou cancelar o recebimento do Canal Rh on-line acesse aqui.
Favor não responder este e-mail.
Dúvidas ou sugestões entre em contato com nossa central de relacionamento: conexao@vr.com.br.
Confira o nosso expediente.

Paternalismo: o mal do Brasil

Luiz Antonio Gaspareto

Talvez o erro mais grave do chefe ou administrador é se colocar na posição de pai dos funcionários. "Ah, porque quando eu for chefe, vou ser bom com os meus empregados." Vai se danar, porque vão fazer dele gato e sapato, como fazem com pais e mães muito metidos a bonzinhos. O chefe, que você classifica como bom, nunca é o que dá moleza, nunca é o paternalista. O bom administrador, na verdade, é o que leva você a produzir, a tirar satisfação do próprio trabalho e não o que faz por você. Ele deixa você segurar o pepino, se envolver consigo e agüentar sua barra. Ele fica do lado. "Ah, agora você se vira. Vou esperar. Estou dando força para você se virar, para ser você."

Quando o chefe é paternalista, começa a assumir responsabilidades pelo funcionário, quer ajudá-lo na vida particular e se envolve. E ó empregado vem com desculpas, dores e problemas. Ele vai marcar consulta no horário de serviço. "Eu me viro no trabalho. Dou uma desculpa qualquer." Sabe que tem um burro como chefe. Ele não vai valorizar muito esse chefe. Vai enganar e tripudiar em cima o quanto puder. Segundo, qualquer problema de insatisfação vai se queixar de que ninguém reconhece o seu valor e que precisa ganhar mais. Se o patrão não der, ele se vinga, fala mal, mete o pau na empresa, faz complô, sabota o serviço, deixa o chefe na mão.

O empregado está certo, pois o patrão também não é uma pessoa respeitável. Não virou pai? Não se sacrifica para o filho ser feliz? "Pode judiar, porque a mamãe é lindinha. Faz tudo o que o filhinho quer." O empregado é a mesma coisa. Fica mimado, quer privilégios, daqui a pouco o patrão começa a ficar constrangido de dar uma ordem. Está pedindo licença para não incomodar. E o empregado passa a mandar no patrão, que vira empregado dele. O errado é o patrão. Pode ser uma pessoa até com certo potencial, mas não soube dirigir, perdeu. O ex-empregado vira inimigo, como o filho que descarrega em cima de pai e mãe, e eles ainda se sentem culpados.

O problema do Brasil empresarial está centrado no paternalismo piedoso, tanto da parte do empresário, do administrador, como de quem está sendo administrado. A relação é dolorosa, porque o empregado espera que o patrão tenha um comportamento afetivo de pai, que se responsabilize por ele, que fale direitinho com ele, que assuma as responsabilidades no lugar dele, tudo aquilo que ele queria do pai e da mãe. E daí o empregado tem uma relação infantil com o patrão ou chefe.

O paternalismo é a pior desgraça. Chega a tal ponto que a Justiça do Trabalho está literalmente contra o patrão, porque o empregado é coitadinho. Patrão tem que dar tudo, tem que pagar tudo, arcar com qualquer prejuízo que o empregado venha a causar na firma, tem que dar creche, convênio médico, cesta básica, vale-refeição, transporte.

Se o sindicato fosse realmente bom, iria cuidar dos seus membros, iria ele próprio garantir saúde, escola, curso de formação, de especialização, alguma coisa que realmente desse suporte e garantias ao profissional. Isso é encargo do sindicato. O patrão está ali para garantir o mercado de trabalho, cuidar da produção, e não para pensar no bem-estar do empregado no sentido social. Quem deveria pensar nisso é o sindicato, já que o governo se mostra incapaz de prover isso.

As negociações deveriam ser feitas entre sindicato e patrão num sentido diferente. O patrão poderia contratar as pessoas por meio do sindicato, que ofereceria garantias ao empregador e ao empregado. Os sindicatos poderiam ser de vários tipos dentro de uma mesma ca¬tegoria, para que o empregado pudesse se filiar àquele que melhor lhe conviesse. As negociações seriam então mais equilibradas e também mais justas.

Se o funcionário é bom ou se é do tipo que prejudica e estraga a mercadoria, o sindicato é que deveria se responsabilizar por isso. Se ele estragar o meu produto, eu me queixo para quem? Pago o prejuízo agora, se eu não pagar um tostão dos direitos dele, estou perdido. Ele tira três vezes mais, pois o juiz e a lei são os paizinhos dos coitadinhos. Isso é paternalismo, falta de justiça entre os dois lados, e cria uma inimizade mútua. O indivíduo quer os direitos, sem pensar no que deve dar em troca. Claro que você, como empregado, merece mais. Mas você tem com que trocar os direitos exigidos? Quer mais salário, mas tem qualidade de serviço para dar em troca? Quem tem qualidade de serviço não está nem ligando para sindicato, nem para reivindicação, porque a própria qualidade de serviço do empregado já lhe garante um bom salário.

Na hora em que você, como patrão, tem que dispensar alguém, devido a alguma situação, nunca manda o melhor funcionário. Despede o menos qualificado. O mais qualificado, você quer manter para segurar a barra. Então, esse por si só se garante. Quem faz greve é por¬que não tem qualidade. Na verdade, acredito em sindicato, na reivindicação, que é um processo importante na nossa vida, mas muito mais no reconhecimento do próprio indivíduo, na emancipação do próprio empregado, pois exigência sem emancipação é ridículo. Ele exige direitos, mas se não melhora a sua qualidade de ser, então não adianta. A emancipação depende da qualidade do serviço que a gente troca. O sistema ainda é muito paternalista. E o conceito, por isso, é de uma mediocridade imensa.

KID VINIL: UMA PÁGINA NA HISTÓRIA DO ROCK BRASILEIRO - Edição no. 351

Prezado(a) Internauta,

Olá,
Você recebe agora a mais nova edição do Jornal Carreira & Sucesso, uma publicação da Catho Online feita sob medida para profissionais como você!

Músico, jornalista, radialista, DJ, VJ, escritor... Conheça mais sobre Kid Vinil, um personagem importante da história do rock brasileiro.

Quem passa muito tempo fora do mercado de trabalho enfrenta dificuldades adicionais para conseguir a recolocação. Confira uma matéria especial sobre o tema e fique atento às dicas de especialistas.

Saiba como enfrentar os desafios que envolvem a conquista de um cargo de liderança e fique sabendo se você sofre da Síndrome da Segunda-Feira.

Conheça a importância dos testes vocacionais e informe-se sobre as novas perspectivas da carreira de Pedagogia.

E tem muito mais no nosso jornal!


Espero que você aproveite a leitura.

Fernão Silveira
Gerente de Comunicação



Esta edição de número 351 foi levada ao ar no dia 11 de julho de 2008.



Assine este newsletter quinzenal sobre carreira profissional, ou indique um amigo.

Nome:
E-mail:
html texto



Mercado
HÁ OPORTUNIDADE PARA OS AFASTADOS DO MERCADO?
Profissionais que passam anos sem trabalhar enfrentam dificuldades adicionais para voltar ao mercado. Confira aqui dicas muito importantes.
Vida Executiva
SOS: FUI PROMOVIDO!
O que muda na rotina de um profissional que assume um cargo de liderança? Como fica o relacionamento com os ex-colegas, agora subordinados?
Qualidade de Vida
VOCÊ SOFRE COM A SÍNDROME DA SEGUNDA-FEIRA?
Se a noite de domingo marca um início de semana torturante, atenção! Você pode ser mais um profissional sofrendo com a Síndrome da Segunda-Feira.
Aconselhamento de Carreira
TESTES VOCACIONAIS: BÚSSOLAS PARA PROFISSIONAIS PERDIDOS
Você está cansado, não agüenta mais a empresa e o seu trabalho? Existem metodologias que podem ajudar a encontrar a carreira ideal.
Entrevista
KID VINIL: UMA PÁGINA NA HISTÓRIA DO ROCK BRASILEIRO
Músico, jornalista, radialista, DJ, VJ, escritor... Conheça mais sobre Antônio C. Senefonte, o Kid Vinil, um personagem importante do rock nacional.
Guia das Profissões
PROFISSÃO: PEDAGOGIA
O curso de Pedagogia mudou e os profissionais da área agora têm acesso a novos desafios e oportunidades. Saiba mais sobre a evolução da carreira.
Fórum
VOCÊ ESTÁ FORA DO MERCADO DE TRABALHO?
Quais são os desafios que você enfrenta ao tentar um novo emprego? Se você está trabalhando, quais dicas daria para quem busca emprego? Participe!
Editorial
SIGA A SUA VOCAÇÃO
Seguir a vocação é o caminho mais curto e mais certo para o sucesso, pois o trabalho feito com coração e empenho é fadado a bons resultados.
Estilo & Gestão RH
ELES NÃO SÃO APENAS DISTRAÍDOS OU AGITADOS, ELES TÊM TDAH
Conviver com pessoas distraídas não é fácil. Saiba mais sobre o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, que afeta cerca de 4% da população.
Catho Notícias
FESTAS INFANTIS: DIVERSÃO E LUCRO
Festa de criança não fica mais no bolo e nos docinhos. Há um mercado altamente profissional e lucrativo em torno da organização dessas comemorações.
Sucesso Profissional
SEJA O SEU PRÓPRIO COACH: APRENDA A FAZER PERGUNTAS
Você pode considerar o hábito de questionar-se como um auto-coaching, que o levará a refletir sobre os rumos que tem seguido até agora.
Profissional Empreendedor
REIMAGINE!
Desenvolva idéias e soluções inovadoras. Pense fora da caixa. Faça propostas absurdas ao mesmo tempo em que reflete sobre o óbvio.
Dicas de Português
ORTOGRAFIA IV – USO DE ABREVIATURAS E SIGLAS
Confira nesta edição dicas importantes sobre a ortografia de abreviaturas e siglas, formas simples, mas muito úteis no nosso dia-a-dia de escritores.
Dicas de Inglês
INDICADORES FINANCEIROS
Confira nesta edição dicas preciosas sobre expressões e verbos usados com freqüência na área financeira. Fique atento e amplie seu vocabulário.
Artigo de Leitor
DICAS INDISPENSÁVEIS PARA CONQUISTAR UM EMPREGO
Prepare-se para conquistar este novo mercado de trabalho, repleto de oportunidades para os profissionais que lutam bravamente por elas.







CATHO ONLINE
Atendimento Internet: (11) 3177-0820
8 às 23h, segunda a sexta
11 às 17h, sábado e domingo
» Veja endereços e filiais
EXPEDIENTE
O newsletter Carreira & Sucesso é uma publicação digital do Grupo Catho, atualizado quinzenalmente, às quintas-feiras.

Não estou visualizando este e-mail :: Não quero receber mais este e-mail

Catho Online® Todos os Direitos Reservados







» Inclua gratuitamente uma vaga de emprego na Catho Online, clique aqui.

» Faça uma busca de currículo na Catho Online, clique aqui.


» Clique aqui para adquirir os descontos e vantagens do Clube de Benefícios Catho.